De acordo com o relato, a coisa foi feia. A vítima não conseguia tirar o dedo da boca da vizinha e, segundo a queixa, faltou pouco para que a outra não lhe decepasse a ponta do dedo.
A vizinha, por sua vez, apareceu na Delegacia de Polícia com o que parecia ser uma mordida na testa. O depoimento das duas senhoras foi anotado e o caso deverá ser melhor esclarecido no decorrer dos próximos capítulos.
Som da TV
Tudo começou quando, por volta das duas horas da madrugada desta terça-feira (28), uma guarnição da Polícia Militar bateu à porta da operadora de 24 anos de idade. Os PMs explicaram que tinham recebido denuncia de som alto.
A operadora — segundo a versão dela — estava apenas assistindo TV ao lado do marido. A moradora convidou os policiais militares a entrar e verificar com seus próprios olhos — ou melhor, com os próprios ouvidos.
Xingamentos
Eles disseram que não seria necessário e já se preparavam para ir embora quando a janela de um sobrado abriu-se com estrépito, a vizinha colocou a cabeça para fora e passou a ofender a operadora chamando-a de, entre outras coisas, vagabunda.
Disse a operadora em sua queixa que os PMs orientaram as duas a voltarem para dentro de casa. Eles também pediram para que a jovem diminuísse o volume de som da TV.
Dentada
No entanto, bastou a viatura partir para a vizinha descer do sobrado e avançar sobre a operadora. A queixante disse que a vizinha agarrou-a pelos cabelos, puxou seu rosto para junto do chão e arranhou pescoço, braços e pernas.
Pior foi a mordida. Segundo a operadora, a vizinha “tentou arrancar seu dedo” com os dentes. O marido, a irmã e o cunhado da vítima tentaram ajudá-la, mas a vizinha não relaxava as mandíbulas. A agressora “se apresentava muito alterada” — disse a operadora em sua queixa.
Na testa
Depois de finalmente se livrar dos dentes da outra, a vítima procurou atendimento médico e a seguir prestou queixa à Polícia Civil. A vizinha também procurou a Delegacia e, ostentando um ferimento na testa (parecia ser uma mordida), prestou queixa contra a operadora acusando-a de ter iniciado o sanguinário sururu.
O caso foi registrado inicialmente como lesão corporal e será melhor investigado. Até lá, espera-se que as vizinhas mantenham distância uma da outra.
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