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Mulher é ameaçada na Delegacia de Polícia

  • tribunaporto
  • 22 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Enquanto ela prestava depoimento, homem mandava mensagens e foi preso


É o cúmulo da audácia. Ou, então uma grande confiança em seu poder de intimidação. Mas pode ser também um sério déficit de inteligência. Seja como for, um homem de 33 anos achou que seria uma boa ideia ameaçar a ex-companheira no exato momento em que ela estava sentada numa sala da Delegacia de Polícia Civil para ser ouvida sobre as situações de violência doméstica que vinha sofrendo.


Em vez de se intimidar com as ameaças, a jovem mostrou a mensagem recebida em seu celular. Os policiais civis só tiveram o trabalho de ir até uma esquina da Delegacia e prender o suspeito. Ele foi autuado em flagrante e vai responder ao processo em liberdade.


Agressões

A vítima foi à Delegacia nesta segunda-feira (14) para prestar depoimento. Ela teve um relaciona mento com o suspeito durante cerca de um ano. “Em razão das agressões físicas e psicológicas”, ela decidiu deixá-lo. O suspeito, porém, não aceita o fim do relacionamento.


A jovem disse receber “mensagens constante mente, chegando a ameaçá-la de morte, bem como insistindo para que retornem”. Ela prestou queixa à Polícia Civil duas vezes, e conseguiu do Judiciário as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, as medidas foram decretadas em 4 de junho, mas nem ela nem o suspeito tinham sido intimados formalmente da decisão.


Mensagem

Por causa de um dos boletins de ocorrência feitos anteriormente, a jovem foi chamada à De legacia para ser ouvida. Ela ficou sabendo que seu ex-companheiro tinha sido intimado a comparecer no dia seguinte, terça-feira 15. Porém, ele entrou em contato com a vítima e disse que não compareceria.


No momento em que ela estava prestando declarações à Polícia Civil, recebeu uma mensagem do indiciado. A mensagem estava acompanhada de uma foto da fachada da Delegacia. A vítima mostrou a mensagem aos policiais e eles prenderam o homem poucos minutos depois.


Dois crimes

O delegado titular da cidade, Raony de Brito Barbedo, determinou que o homem fosse autuado em flagrante por dois crimes, perseguir e coação no curso do processo. Em vez de usar do direito de permanecer calado, ele preferiu dar uma versão para sua presença nas imediações da Delegacia.


O autônomo disse que “estava de passagem em frente à Delegacia de Polícia, pois pretendia alugar uma casa nas imediações”. Quando estava na esquina, inocentemente, foi abordado por policiais civis que lhe deram voz de prisão.


Liberdade

O autuado permaneceu sob a custódia da Polícia Civil até a terça-feira (15), quando ocorreu a audiência de custódia. O juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca, Diogo da Silva Castro, concedeu ao autônomo liberdade provisória. Para o juiz, não se faziam presentes os requisitos da lei para a decretação da prisão preventiva.


Neste ano já ocorreram em Porto Feliz três feminicídios e um feminicídio tentado.

 
 
 

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