No fim das contas, é sempre uma questão de sangue frio — ou falta de. Quando o homem viu a viatura da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU), faltou-lhe serenidade e ele acabou telegrafando aos guardas que estava lá no Jardim Santa Elisa fazendo coisa errada.
A equipe especializada abordou o homem e encontrou drogas e dinheiro. Ele foi autuado em flagrante e preso, pois acabava de desperdiçar a chance que lhe foi dada pelo Judiciário havia apenas dois meses.
Na tarde da sexta-feira 10 a equipe da ROMU estava em patrulhamento pelo Jardim Santa Elisa. Por volta das 16h, ao chegar à rua Rodolfo Mota, os guardas viram quando o homem levou algo à boca assim que a viatura despontou. Em seguida, ele tentou deixar a cena de f ininho.
Pela reação do pedestre e pelo local aonde estava — um conhecido ponto de tráfico —, a equipe da ROMU partiu para a abordagem. Segundo os guardas, ele havia escondido na boca onze porções de cocaína e uma de crack. F. M. V. tinha nos bolsos R$ 20.
Aos guardas (e depois na Delegacia de Polícia Civil), ele contou sua triste sina. Usa crack, tornou-se dependente e, como ficou devendo aos traficantes, tomou um ‘corretivo’.
De fato, ao ser detido, o homem de 35 anos estava com um braço apoiado numa tipoia improvisada. Para ter algum dinheiro para o crack, aceitou vender drogas naquele ponto do Jardim Santa Elisa. Já tinha feito algumas vendas quando chegou a ROMU.
O homem foi autuado em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado titular de Porto Feliz, Raony de Brito Barbedo. A audiência de custódia, realizada no sábado (11) no Plantão Judiciário de Itu, a juíza de Direito Karla Peregrino Sotilo homologou o flagrante e transformou-o em prisão preventiva.
A juíza justificou a decisão lembrando que F. M. V. é reincidente e “foi recentemente (março de 2024) preso em flagrante pela suposta prática do mesmo delito e beneficiado com liberdade provisória, o que indica reiteração delitiva e evidencia risco de voltar a delinquir caso seja mantido em liberdade”.
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