O mundo seria um lugar bem mais pacífico se não fosse pelas redes sociais. Por algum motivo, muitas pessoas pensam que podem xingar, tripudiar, chutar, cuspir, amaldiçoar e sambar em cima dos outros impunemente.
Nesta semana duas vítimas de agressões virtuais procuraram a Polícia Civil para prestar queixa por crimes contra sua honra. Um caso é o da estudante de 37 anos.
Uma senhora postou no WhatsApp uma série de mensagens desairosas contra a vítima, xingando-a de vagabunda para cima. Os demais palavrões não podem ser publicados num jornal familiar como a TRIBUNA. A suspeita disse também que a estudante deveria parar de “ficar dando em cima dos machos alheios”.
E para completar o linchamento virtual, publicou um vídeo da vítima com amigos, um vídeo que a estudante considerou constrangedor da maneira como foi usado.
Depois de tudo isso, a suspeita apagou todas as mensagens e imagens, mas o dano — e o crime — já estavam feitos. A queixa por injúria foi apresentada na quinta-feira 2.
O outro caso, registrado como difamação e injúria, envolve uma mulher de 47 anos que só queria ajudar. A acusada publicou na rede social um pedido de socorro.
Disse que seu gato apresentava sinais de envenenamento e pedia sugestões sobre algum “remédio caseiro”. A vítima mandou uma mensagem dizendo que, em caso de envenenamento, o melhor seria levar o animal a um médico veterinário.
A dona do gato não gostou. Ela mandou a vítima tomar naquele lugar e acrescentou mais alguns palavrões para que não houvesse qualquer dúvida.
Comments