Grande perda para a música: morre Luiz Nóbrega da Silva

Ingressou na Banda União em 1957 e tocou por 60 anos

No sábado (1°) ocorreu na Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens a Missa de 7° Dia do falecimento do eterno trombonista da Banda União, Luiz Nóbrega da Silva. Ele já estava aposentado da banda há alguns anos por motivos de saúde, mas a Banda União jamais saiu dele.

Filho de músico, Luiz Nóbrega nasceu em 1938. Ingressou na Banda União em 1957 sob a batuta do maestro Alfredo Rogado. Recebeu instrução musical de Fioravante Mietto, o qual lhe incumbiu a missão de substituí-lo nos naipes da banda. No início, escolheu o eufônio (bombardino), porém logo migrou para o trombone, instrumento que tocou por décadas.

Diretor

Não só foi músico, mas também foi alçado à função de diretor musical em 1964, bem como ocupou vários cargos administrativos ao longo do tempo. Ele estava no grupo que conquistou a sede própria da banda, junto a companheiros como Antônio Brusco (que faleceu no dia 1° deste ano) e Antônio Antunes de Campos, o popular Tico da Farmácia.

Só parou de tocar de pois que seu corpo começou a lhe impor limites. Apresentou-se pela última vez com a banda no dia 13 de outubro de 2017, aniversário da cidade, no Festival de Food Truck que ocorreu na praça Dr. José Sacramento e Silva (Praça da Matriz) como parte das atrações da Semana das Monções daquele ano.

Em 2023, Luiz Nóbrega compareceu à Câmara Municipal de Porto Feliz para a comemoração dos 125 anos da Banda União, ocasião na qual foi ovacionado pelos presentes.

‘Dois Corações’

Músicos da Banda União compareceram ao enterro realizado às 15h do sábado 25 de maio e, em marcha atrás do féretro onde repousava o corpo do velho companheiro, entoaram hinos religiosos e o famoso dobrado Dois Corações em uma justa homenagem. A banda já havia manifestado seu pesar e prestado tributo a Luiz Nóbrega por meio das suas redes sociais.

Ele era casado com Ester Elpirio da Costa Silva e deixou as filhas Silvana, Sandra, Rosana e Eliane, esta última, musicista e professora da Escola de Música Romário Antônio Barbosa que, portanto, herda e dá sequência à história de Luiz Nóbrega na paisagem musical da cidade.