Ele foi preso em Guareí numa operação da Polícia Civil contra uma quadrilha de traficantes e ladrões, e veio parar em Porto Feliz
No último mês de maio, equipes da Delegacia Seccional de Polícia de Itapetininga e da Guarda Civil Municipal de Guareí fizeram uma operação contra o crime organizado. Cumprindo mandados de busca e apreensão em cinco endereços, as equipes prenderam a líder do bando, o filho dela e mais três pessoas. Um adolescente foi apreendido.
Os GCMs e policiais civis encontraram nos imóveis drogas, anotações de venda de drogas e celulares com comunicações suspeitas. Duas pessoas já estavam com mandados de prisão temporária e as demais foram autuadas em flagrante. Todo mundo está sendo processado por três crimes: tráfico, associação para o tráfico e organização criminosa.
Casa-bomba
A líder desta associação criminosa — segundo a Polícia Civil — era uma mulher de 31 anos. Além de gerente do tráfico, ela e o filho moravam numa casa-bomba — ou seja, um imóvel usado como depósito de grandes quantidades de drogas, que dali eram distribuídas às várias biqueiras mantidas pelo grupo.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Itapetininga. A associação criminosa também estava sendo investigada por roubos. Segundo os policiais civis, os homens envolvidos também invadiam casas em Guareí e usavam de muita violência contra as vítimas.
Em Porto
Um homem de 36 anos foi autuado em flagrante naquela operação e apontado pelos policiais como sendo um associado à chefe da associação criminosa. Em algum momento, ele saiu em liberdade provisória e veio parar em... Porto Feliz.
E por aqui ele estava, feliz e pimpão, até o início da tarde de terça-feira (17), quando foi capturado pela Guarda Civil Municipal. Uma equipe da GCM passava pela rua Adhemar de Barros, suspeitou de Leandro Pedroso Barbosa e decidiu averiguar os documentos dele. Encontraram um mandado de prisão.
Prisão
A Comarca de Porangaba havia decretado a prisão preventiva de Leandro por tráfico, associação para o tráfico e organização criminosa. A ordem de prisão é de 4 de julho último.
O procurado passou por audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Sorocaba. Antes, ele encantou a equipe da Polícia Civil com sua simpatia.
Não sabia
De acordo com relatos ouvidos pela TRIBUNA, o preso foi arrogante e cínico. Dizia não saber o que era ou onde ficava Porangaba — sede da Comarca que o processa.
Antes mesmo de Leandro chegar à Delegacia (ele ainda estava passando por exame médico), uma mulher apareceu, disse ser a companheira dele e pediu informações sobre a prisão. Parecia muito preocupada com Leandro, mas depois disso ela nunca mais voltou à Delegacia, mesmo sabendo que o companheiro precisava de itens pessoais para levar paro o Centro de Detenção Provisória.
O preso tampouco fez qualquer esforço para ajudar os policiais a localizar a companheira. Não quis informar o telefone dela e alegou não saber onde morava com a mulher. Disse que era em Altos do Jequitibá, numa rua da qual não se lembrava o nome.
Fica o mistério: o que o homem preso e processado por ligações com o crime organizado andou fazendo em Porto Feliz nos meses em que permaneceu em liberdade.
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