Ela já tinha uma medida protetiva contra ele, que é usuário de drogas
A Polícia Militar prendeu no início da noite desta quarta-feira (30) um homem que ameaçava matar um parente. Ele havia invadido a casa da mãe.
Quando os PMs chegaram, o homem de 33 anos estava a cerca de 50 metros da casa da mãe. Ela tem uma medida protetiva do Judiciário determinando que o filho não podia se aproximar da mãe.
Ele foi autuado em flagrante por descumprir a ordem judicial. Na audiência de custódia, o flagrante foi transformado em prisão preventiva.
Drogas
A vítima de 59 anos contou à Polícia Civil que o filho é usuário de drogas e, sob o efeito delas, “costuma ficar muito agressivo”. Para comprar drogas, muitas vezes furtava pertences da família e ameaçava a mãe, o companheiro dela e familiares.
O drama foi registra do pela Polícia Civil e, por decisão da 1ª Vara da Comarca, o filho foi proibido de aproximar-se da família. Ele foi intimado da decisão e conhecia a ordem judicial.
Com faca
Mesmo assim, na noite de quarta-feira, ele pulou o muro do quintal, entrou na casa e apanhou uma faca que estava na gaveta da pia da cozinha. Queria dinheiro, e disse que iria matar “as pessoas que estavam lá fora”, referindo-se ao tio.
Ao ver que as vítimas tinham pedido socorro à PM, o filho fugiu. Uma guarnição chegou ao local em poucos minutos, por volta das 19h55 e encontrou o acusado vasculhando um contêiner de lixo. Ele estava a 50 metros da casa da mãe, quando a medi da protetiva fixou 200 metros como distância mínima.
Ele nega
Ao delegado titular de polícia Raony de Brito Barbedo e ao escrivão Nilson Carrea Júnior, o autuado negou o crime. Disse que foi à casa da mãe porque ela pediu para que fosse buscar “algumas camisetas limpas que ela havia lavado”.
O autuado disse também que não que ria ir, pois suspeitava que “iriam lhe internar contra sua vontade”. Aconselhado pelo pai, resolveu ir. Tomou banho na casa da mãe e ao sair do banheiro viu o tio chegando.
Ele então ficou com medo de a família estar “armando uma internação compulsória e fugiu do local”. Ao passar pelo tio, “apenas o afastou com o braço”. Ao parar para remexer no contêiner de lixo, foi preso pelos policiais militares.
Prisão
A juíza de Direito da 2ª Vara, Raisa Alcântara Cruvinel Schneider, ficou alarmada com o possível uso de uma arma branca, “o que por si só indica a sua alta periculosidade” — ela escreveu em sua decisão. “Por outro lado, a condição de usuário não afasta a possível ilicitude da sua conduta.” O flagrante foi transformando em prisão preventiva.
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